Cidadão no Centro

Pacto Nacional pela Identificação Neonatal e Infantil é aposta para garantir cidadania para crianças

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Autor:
Redação Valid
Data de Publicação:

Durante o Congresso da Cidadania Digital 2025, realizado nos dias 24 e 25 de setembro em Brasília, foi lançado oficialmente o Pacto Nacional pela Identificação Neonatal e Infantil. Considerado um marco histórico para a cidadania digital no Brasil, reúne instituições públicas e privadas com o objetivo de garantir a identidade de recém-nascidos e crianças desde os primeiros dias de vida.

O pacto busca assegurar direitos fundamentais como saúde, educação e proteção social, além de contribuir para a prevenção de crimes como sequestro e tráfico de menores. A proposta integra tecnologias de identificação biométrica ao nascimento, criando uma base segura e inclusiva para a construção da cidadania desde o início da vida.

Em resumo, a iniciativa estabelece a obrigatoriedade de vincular a biometria da criança à da mãe (e, preferencialmente, também à do pai) garantindo identidade legal desde o nascimento e fortalecendo a proteção integral prevista no ECA.

A ação está alinhada à Infraestrutura Pública Digital de Identificação Civil (IPD-IC) e à implementação da Carteira de Identidade Nacional (CIN), reforçando o compromisso do Brasil com a modernização da identificação civil e a inclusão digital.

>> Veja mais sobre o lançamento do Pacto Nacional no Instagram da Valid

O desafio atual

Apesar dos avanços, o sub-registro ainda atinge milhares de crianças no Brasil.

  • Em 2022, 33,7 mil bebês (1,31%) não foram registrados no prazo legal.
  • Em 2023, o índice caiu para 26,8 mil (1,05%), o menor da última década.
  • Ainda assim, estima-se que mais de 77 mil crianças de até 5 anos sigam sem registro civil.

Esses números revelam que, mesmo em um país com quase 3 milhões de nascimentos por ano, ainda há crianças invisíveis ao Estado, sem acesso pleno à saúde, educação e proteção social.

Um compromisso nacional

O Pacto é uma iniciativa do Instituto Internacional de Identificação (InterID), em parceria com a ABRID e a Frente Parlamentar Mista para Garantia do Direito à Identidade (FrenID), da qual a Valid é associada.

A adesão foi oficializada com a assinatura de representantes de todos os Órgãos Oficiais de Identificação das Unidades da Federação, do CONADI e do CONDPC, consolidando um esforço nacional para:

  • Previnir sequestros e trocas em maternidades: estima-se que cerca de 500 bebês sejam trocados por ano no Brasil.
  • Facilitar a localização de crianças desaparecidas ou abandonadas.
  • Combater o tráfico humano, dificultando falsificações de identidade.
  • Reduzir vulnerabilidades sociais, garantindo acesso a serviços básicos.
  • Contribuir para a Meta 16.9 dos ODS da ONU, que prevê identidade legal para todos até 2030.

Leia a íntegra do Pacto Nacional pela Identificação Neonatal e Infantil.

Valid apresenta solução para alta hospitalar mais segura com autenticação biométrica

Imagine o momento da alta hospitalar: mãe e bebê prontos para ir para casa, mas antes é preciso garantir que tudo ocorra com segurança. Hoje, esse processo pode ser burocrático e suscetível a falhas, mas com a interoperabilidade de dados e a biometria neonatal, a experiência se transforma.

No novo modelo apresentado pela Valid, assim que o bebê nasce, sua biometria é coletada e vinculada à da mãe ou do responsável legal, junto à Declaração de Nascido Vivo eletrônica (DNV-e).

Quando chega a hora da alta, ambos passam por provas de autenticação de identidade. Em segundos, o sistema confirma que mãe e bebê correspondem ao registro oficial, liberando a saída com total segurança.

Esse processo elimina riscos de trocas ou sequestros e garante que os dados já estejam prontos para acionar automaticamente outros serviços, como vacinação, registro civil e inclusão em programas sociais.

Por que isso é inovador?

  • Mais segurança: nenhum bebê deixa a maternidade sem validação biométrica.
  • Menos burocracia: dados interoperáveis evitam retrabalho e reduzem filas.
  • Mais cidadania: a criança já sai com sua identidade digital pronta para acessar direitos.

Essa jornada mostra como a interoperabilidade não é apenas um conceito técnico, mas uma solução concreta que simplifica processos, protege vidas e acelera o acesso a serviços essenciais.

É a tecnologia trabalhando para que cada criança comece a vida com segurança e dignidade.

Interoperabilidade de dados: a base para um sistema integrado e seguro

A implementação do Pacto está diretamente conectada à Infraestrutura Pública Digital de Identificação Civil (IPD-IC), que tem como um de seus pilares a interoperabilidade de dados entre órgãos públicos.  

Essa integração permite que informações essenciais (como a biometria neonatal vinculada à DNV-e) circulem de forma segura e padronizada entre maternidades, cartórios, sistemas de saúde, educação e proteção social.

Por que isso é importante?

  • Agilidade no acesso a serviços: com dados interoperáveis, a criança pode ser automaticamente incluída em programas de saúde, vacinação e benefícios sociais.
  • Redução de fraudes e inconsistências: a integração evita duplicidade de registros e garante que a identidade seja única e confiável.
  • Eficiência administrativa: órgãos públicos economizam tempo e recursos ao compartilhar informações em tempo real.
  • Base para políticas públicas inteligentes: dados integrados permitem análises mais precisas para formulação de políticas voltadas à infância e à inclusão social.

Valid impulsiona o Governo Digital no Brasil

A biometria neonatal, integrada à DNV-e, é fundamental para prevenir fraudes, assegurar o direito à identidade e impulsionar o avanço do Governo Digital no Brasil. A implementação deve ocorrer com transparência e participação social, garantindo um futuro mais seguro e inclusivo para todas as crianças.

Conheça as soluções da Valid para Governo Digital.

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