[fusion_builder_container hundred_percent=”no” equal_height_columns=”no” menu_anchor=”” hide_on_mobile=”small-visibility,medium-visibility,large-visibility” class=”” id=”” background_color=”” background_image=”” background_position=”center center” background_repeat=”no-repeat” fade=”no” background_parallax=”none” parallax_speed=”0.3″ video_mp4=”” video_webm=”” video_ogv=”” video_url=”” video_aspect_ratio=”16:9″ video_loop=”yes” video_mute=”yes” overlay_color=”” video_preview_image=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” padding_top=”” padding_bottom=”” padding_left=”” padding_right=”” admin_toggled=”no”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ layout=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” border_position=”all” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding_top=”” padding_right=”” padding_bottom=”” padding_left=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”small-visibility,medium-visibility,large-visibility” center_content=”no” last=”no” min_height=”” hover_type=”none” link=””][fusion_text]
Por: Luiz Cláudio Borges – Supervisor, Management Systems & Risks and IT Governance
A Palavra Risco tem origem na língua italiana antiga e deriva da palavra “risicare”, que significa ousar.
Desde o início dos tempos a humanidade se viu obrigada a aprender, pela força dos acontecimentos, que praticar a ousadia seria a melhor maneira de vencer os obstáculos. Correr riscos diante da diversidade de situações, cada vez mais, passou a se apresentar como uma opção diante dos acontecimentos.
Desta maneira, correr riscos e se aventurar em situações de risco passou a ser um diferencial para conquistar os objetivos.
As decisões eram tomadas sob forte emoção e sem nenhuma visão da compreensão real dos riscos e das possíveis consequências.
Nessa época turbulenta, a abordagem científica baseada em cálculos matemáticos surgia como plataforma de tomada de decisão. Os matemáticos transformaram a teoria das probabilidades num instrumento poderoso de organização, interpretação e aplicação de informações e passaram a utilizar isso como forma de minimizar riscos com base nos resultados de suas análises.
A evolução dessas análises começou a ser aplicada nos seguros marítimos que se tornara um negócio emergente em Londres no século XVIII. A navegação era o principal meio de comércio entre os povos e sua prática representava grande riscos aos resultados dos negócios. Ainda que incipiente e desestruturada, se iniciava uma prática de preocupação com os possíveis riscos a serem enfrentados.
Ao longo dos tempos as técnicas e práticas de análise de riscos foram se moldando de acordo com as experiências e necessidades que foram surgindo em cada país e foram se adaptando a cada realidade.
Surge então a Gestão de Riscos, que teve origem na mesma escola da Administração de Empresas, que foi a propulsora dos processos de Qualidade e de Produtividade aplicados nos Estados Unidos e Japão.
No Brasil o gerenciamento de riscos teve início na segunda metade da década de 1970, tendo seu foco voltado para área de seguros em função da necessidade de prevenir perdas de bens patrimoniais, principalmente voltado a risco de incêndio e aos riscos da área financeira e de crédito.
Com o intercâmbio entre os países e a melhor compressão da utilização das técnicas de prevenção aos riscos, o horizonte de aplicação do gerenciamento de riscos foi ampliado a outros tipos de eventos, gerando um caráter preventivo.
Diante de uma nova visão do que os riscos podem representar para as operações em termos de perdas, as empresas passaram a entender que os riscos precisavam ser gerenciados. É logico que o risco nos acompanha em todas as nossas ações e que ele é inerente a cada uma delas, mas também é visível que ele não pode ser tratado de forma única. As situações não podem ser tratadas de forma puramente racional, ignorando-se as diversas possibilidades de perdas ligadas aos diversos ambientes.
Estamos vivendo num mundo VUCA, onde sua realidade nos traz um ambiente cada vez mais Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo. O que se apresenta hoje pode não ser a realidade de amanhã. Como lidar com a imprevisibilidade e ter que tomar decisões acertadas com base em informações incompletas e em constante mudança?
Os acontecimentos dos anos 2000, ligados aos atos terroristas como o 11 de setembro, as fraudes nas empresas americanas como a Enron e os diversos casos de corrupção no Brasil ligados a operação Lava Jato, formaram um conjunto de impulsionadores do processo de gerenciamento de riscos. Tornou-se fundamental monitorar tanto o ambiente interno quanto o ambiente externo e suas diversas variáveis que de alguma forma podem impactar a Cadeia de Valor das empresas.
Cada vez mais o ambiente de negócio passou a exigir a necessidade de se fazer escolhas, escolhas essas que devem estar alinhadas com os objetivos estratégicos, missão e valores da empresa.
A Gestão de Riscos tem o objetivo de proporcionar mecanismos de análise e controle que permitam uma atuação rápida e direcionada aos possíveis riscos que podem afetar os objetivos, bem como transformar esses riscos em oportunidades de diferenciação diante do cenário competitivo.
Estamos em plena era da informação. A Quarta Revolução Industrial está incorporando os processos tradicionais e os transformando-os em processos baseados em informação.
Devemos nos preocupar com as diversas disciplinas de riscos. Não é suficiente que tenhamos foco apenas nos riscos financeiros e operacionais. Para isso, as diversas disciplinas de riscos devem estar integradas num único Framework, sob a mesma política, e que seja capaz de gerencia-las com foco nos objetivos da empresa.
O ambiente de negócios atual exige a identificação dos riscos, bem como a interconexão entre eles e os efeitos-cascata que podem ser resultantes de sua combinação. Em outras palavras, o gestor deve ser capaz de ter uma visão ampliada do ambiente de negócio, onde as diversas disciplinas de riscos que podem causar qualquer tipo de impacto, sejam identificadas individualmente ou combinadas entre si.
Como prática, deve-se adotar um modelo de análise e inteligência em riscos, focado nos riscos considerados críticos, fornecendo aos decisores uma visão holística da situação. Esta análise deve fornecer elementos suficientes para que as soluções sejam aplicadas, mantendo o monitoramento adequado a cada uma delas. O aspecto preventivo servirá como antecipação aos possíveis riscos que possam representar uma ameaça a corporação.
A experimentação e a evolução dos processos de análise de riscos fizeram com que diferentes modelos de gerenciamento fossem desenvolvidos sendo que alguns deles acabaram se tornando referência de mercado. Podemos citar o COSO I, o COSO II, a ISO 31000, o Método Brasiliano dentre as melhores práticas de gestão de riscos.
Algumas normas de Sistema de Gestão também passaram a adotar como requisitos a análise e gerenciamento de riscos. Dentre elas podemos citar a NBR ISO 9001:2015, a NBR ISO/IEC 27001:2013 e a ISO 14298. Alguns outros padrões normativos já dão sinais de que em suas revisões devem passar a adotar o gerenciamento de riscos.
Fica evidente que gerenciar os riscos está cada vez mais incorporado às atividades do ambiente de negócios.
[/fusion_text][/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]